Pages

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Saudade de que?


Sou dessas cheia de saudades...

Sinto saudades de pedir bênção ao meu avô, saudades dos tempo de criança, do colégio, dos amigos que não vejo mais, tenho saudade de gostos e cheiros, como o bolo com cobertura de açúcar de maracujá ou limão que se fazia nos aniversários quando éramos crianças, do cheirinho da minha avó moendo o café no pilão depois dele torrado. É tudo tão vivo em mim...
Mas saudade mesmo eu sinto... do que eu invento... 
é... da minha imaginação...
Tenho saudade do que não existiu ainda!
Saudade do beijo que não dei , daquele amor que ainda não aconteceu, da festa que ainda não realizei, dos encontros que ainda não foram... Saudade de cenas que já vivi inúmeras vezes nos meus desejos mas que são tão reais que me dão saudades.
Saudades de momentos que espero que aconteçam porque serão tão felizes que
 não tenho dúvida da saudade que irão deixar.

Mas para o dicionário:

saudade 
sau.da.de 
sf (lat solitate1 Recordação nostálgica e suave de pessoas ou coisas distantes, ou de coisas passadas. 2 Nostalgia. (...) sf pl Lembranças, recomendações, cumprimentos. S.-da-campina: o mesmo que cega-olho, acepção 1. Saudades-de-pernambuco: o mesmo que jitirana-de-leite. Saudades-perpétuas, Bot: planta da família das Compostas (Xeranthemum annuum).



Então o que sinto, será mesmo, saudade?




terça-feira, 19 de agosto de 2014

Eu e você...

Agora sou só eu e você.
Você surge como um grande arquivo. Separado por assuntos, nomes, números, cores, tudo junto, tudo conectado, tudo segmentado... Tudo muito eu! Até eu me perco em tanto...
No silêncio da noite você torna-se ainda mais... imenso... Assustador? Esclarecedor? Vai saber. Cada pergunta dessa uma nova pasta, um novo arquivo, conexões de uma mente que não para. Rio, choro, converso, brigo sozinha... tudo é tão claro quando sou só eu e você! Por que então tudo fica confuso quando outros aparecem? Perguntas que não sei responder.
Perdida me encontro, me perco... tantas histórias fora do lugar, tantas pastas pra organizar.
Releio arquivos. Sinto-me como se faltasse-me a seleção. Percebo todos os ruídos ao mesmo tempo, todos os escritos estão diante de mim, todas as cenas, os cheiros, os sons, os gostos... isso enlouquece.
Pensar demais as vezes dói!
São 3 horas da manhã. E tudo que faço é pensar.
Em que?
Em tudo!
Em Nada!
Em você!
Em mim!
Na vida!
Em como seria se...
Dormir seria bom!
 Mas como fecha esse arquivo? 
Como para de pensar? 
Alguém sabe?

domingo, 17 de agosto de 2014

1 ano 11 dias e muitas histórias

Estou viva! E sou movida pelos desafios que a vida me impõe.
Tenho a sensação de que não faço escolhas, o mundo me escolhe e eu o organizo pra que ele tenha um pouco mais da minha cara. Não esqueci daqui, voltei vária vezes e reli... Sou a mesma e não sou. As histórias mudaram de personagens, de cenários mas os enredos ainda permanecem (pelo menos alguns). Deixei de mostrar-me pra não me desnudar tanto, mas outro dia um amigo me disse que eu precisava novamente fazer o teste do Nu. Olhar no espelho e me enxergar. Gosto do que vejo. Faria uma mudança aqui outra ali mas não muito, ou não muitas de uma só vez. Fiz faxinas. Encontrei novos desafios. Ah! Desafios, eu os atraio. Voltar aqui, por sinal, foi um deles. Duas lindas amigas que cutucaram. Duas blogueiras lindas: Laricy e Luciana, duas queridas que resolveram me dar colo. Da apresentação de um novo blog a um "volta lá pro seu que a gente gosta!". Não sei se é volta mas é tentativa.
Desafio maior não é a escrita, essa apesar de não ser das mais belas, saem fácil. Ganhei desafios enormes, tão grandes que as vezes me assustam. Desafios, medos, acertos e erros.
Bem...
Recuperei senhas.
Reorganizei links.
Reorganizei a vida inúmeras vezes.
Muitas histórias pra contar!

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Dor de não poder

Dentro de mim sempre existe muitos sentimentos diferentes, todos intensos e misturados.
Hora tomada por alegria imensa, hora a tristeza chega sem pedir licença...
Hoje foi diferente...
Ela avisou, me mostrou seus passos e eu sabia que iria encontra-la.
Não sei o que mais me abateu se antecipá-la ou se minha impotência diante do inevitável.
Choro! Um choro que alivia o coração mas que pesa n' alma.
Não identifico sentimento pior que a impotência. Não sei lhe dá com ele. Sou sempre resolvida, mandona, sou a que organizo, movimento, faço acontecer. Quando algo me paralisa fico incomodada duplamente.
Ficar num cantinho quieta. Dormir. E esperar um novo dia amanhecer. Quem sabe amanhã me encontro com alegrias!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Palavras... leves!

Escrever me acalma, é uma sensação de esvaziar o coração das dores, dos dessabores... É um alívio... as vezes mais que falar... Também falo, falo até sozinha... as vezes ensaio discursos, só que esses nunca são ditos... então, escrevo-os... sem destinatários... ocultos... se conseguisse direcionar ao destino talvez não os escreveria... são sentimentos meus que não achei apropriado ganhar sons... Ficam aqui dentro e uma hora incomodam...
A dor é um impulso nos dedos pra vir aqui. Uma dor transformada, pelo desejo de esvaziar-me, de dar espaço para outros viveres... Arrisco... Já disse que tenho coragem... Não vim ao mundo pra me acomodar... As dores acontecem pra gente perceber o que ainda os olhos (pequenos) não tinham enxergado mas não são moradores, são hospedes e com curta temporada...Vivo essa eterna dicotomia da Dor e do Amor... aprendendo a não me importar com ela, dando espaço pro amar.
Escrevi por esse tempo em papel... a gaveta encheu... não teve o mesmo conforto de vir aqui... Aqui eu sempre encontrei um colo, um alento, um consolo...
Mas nem só de dores nascem minhas letras, também discurso sobre as descobertas, sobre os amores, sobre as delícias da vida
A tempestade passou, ou deu uma trégua, espero que com ela venham palavras mais leves, mais brilhantes... assim como eu gosto da vida... Leve!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Voltando a olhar...

Tanto tempo de ausência, tanta saudade...
Muitas mudanças fizeram com que a distância fosse necessária.
Ontem minha filha anunciou: Mãe tu tem um blog!...
Deu uma saudade...
Quem sabe não era esse o impulso de retomar, de voltar a visitar os lugares queridos, de me sentir a vontade de contar "coisas" pra vocês...
Quem sabe os desejos e as dores já são decifradas pela escrita...
De casa nova, de trabalho quase novo (pelo menos nova função), de alma nova...
Quem sabe...
Essa é uma tentativa...

domingo, 29 de julho de 2012

Só coragem... Ops! só?

"O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa,sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
Só coragem. Ops!...só?
 
Um lindo domingo faz lá fora, o sol tem um brilho assustador... a brisa invade minha casa e chega a mim como um bom dia... bons ventos... boas notícias? O dia corre lá fora e aqui dentro parece tão estático... mofado... sem uso... Tenho medo dessa bagunça toda pedrificar dentro de mim... levanto arrumo uma coisa e outra... mas tudo vai ficando como antes... não o antes alegre, colorido, feliz...
Desejo de uma vida leve... mas são tantos os desejos, numa lista extensa, que leve ela ainda não pode ser... Tenho andado em círculos. Tenho cometido muitos erros. Tenho caído. Tenho vontades e desejos de felicidade em mim. Quero a luz do sol brilhando em mim, agora. Quero dançar sobre essa brisa que passeia aqui na sala... e tem as flores... os sons... tem os sabores que me convidaram essa manhã...
Ainda tudo muito bagunçado e muitas tentativas de uma nova ordem... Caminhos diante de mim... Preciso de algo novo... desafios? pessoas? cores?... Não sei... Só sei da minha necessidade de mudar algo... da minha necessidade de sair desse mesmo lugar em que pareço acorrentada... Não gosto disso... Incomoda-me! Preciso de mudanças... mas não ai fora... preciso mudar em mim... Preciso de coragem. Ops!...só?